VISITA DE ESTUDO A BERLIM- 18 A 22 DE FEVEREIRO- 12º J

VISITA DE ESTUDO A BERLIM- 18 A 22 DE FEVEREIRO- 12º J

Visita de Estudo a Berlim

No período de 18 a 22 de fevereiro, os alunos da turma J do 12º ano realizaram uma visita de estudo a Berlim, no âmbito das disciplinas de Alemão e História, acompanhados pelas respetivas docentes, Fátima Calheiros e Paula Gonçalves.

Em tempos, Álvaro de Campos, heterónimo do poeta Fernando Pessoa, escreveu que “Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir”. Podemos confirmar. Nas nossas viagens por Berlim sentimo-nos efetivamente na pele de outros, em espaços e tempos diferentes.

Fomos, no ano de 2023, cidadãos do mundo, ao falar outras línguas, ao usar os transportes públicos, ao caminhar pelas famosas e populares ruas e praças da cidade (Alexanderplatz, Pariser Platz, Potsdamer Platz, …), ao entrar nos comércios locais, ao experimentar iguarias gastronómicas (Currywurst, Schnitzel, …), ao registar nos telemóveis imagens de criações arquitetónicas modernas (Berliner Fernsehturm, Sony Center, Parlamento Alemão…), a par de outras que nos levaram a viajar para trás no tempo.

Assim, no Pergamonmuseum (Museu do Pérgamo) recebemos testemunhos das culturas greco-romanas e islâmicas. Demos um saltinho ao século XVIII, frente ao Brandenburger Tor (Portão de Bradenburgo).

No Denkmal für die ermordeten Juden Europas (Memorial aos Judeus Mortos na Europa), no Memorial and Museum Sachsenhausen (Campo de Concentração) e no Topographie des Terrors (antiga sede da Gestapo) sentimos, com profunda emoção, o que é ser “diferente”, pensar de forma diferente, ser prisioneiros, privados da liberdade e da dignidade humana, antes e durante a Segunda Guerra Mundial.

Um passeio pelo Treptower Park, levou-nos ao Memorial de Guerra Soviético, construído em homenagem aos soldados soviéticos que ali perderam a vida, e outro à Igreja Memorial Imperador Guilherme, danificada pela guerra. E sentimos os efeitos devastadores da guerra.

Fomos chamados também a ser alemães no período da Guerra Fria, percorremos a linha do Muro de Berlim e vimos parte dele intacto na East Side Gallery. Sentimo-nos separados da família, fizemos tentativas desesperadas para saltar o muro, no Memorial do Muro de Berlim, ou para passar para o lado ocidental alguém ou algo, no Tränenpalast (Palácio das Lágrimas) ou no Checkpoint Charlie (posto militar). E a alegria e o sabor da vitória? Sentimos? Também!! E foi contagiante! Quem melhor o poderia fazer do que o Sr. Klaus Jacobi que, no Mauermuseum – Museum Haus am Checkpoint Charlie, com os seus 82 anos, olhos claros, sorriso radiante, nos levou cheio de energia pelas várias salas enquanto partilhava memórias de tempos difíceis, acontecimentos reais de tentativas de fuga, bem ali documentados, e nos fez viver a aventura de uma fuga projetada por ele no seu carro um BMW Isetta, que modificou, para ajudar um amigo. O senhor Klaus marcou-nos!!

Importante referir que os alunos também experienciaram, em contexto, o papel de guias turísticos, uma vez que tinham de fazer a sua exposição sobre monumento ou local a visitar, resultante de um trabalho de pesquisa prévio, que depois era ainda complementado pela preciosa intervenção da docente de História.

E sentiram preocupação, alguma ansiedade quando tiveram de pôr à prova a sua competência linguística, ora salvos ora espicaçados pela Frau Calheiros, mas também a alegria quando perceberam que eram capazes de o fazer.

Também sentiram o cansaço apoderar-se deles: andar muitos quilómetros, subir e descer degraus (para o metro, 270 até à cúpula da Catedral de Berlim), correr quando necessário ou acelerar o passo, acordar cedo… Ah, cansa, cansa!

Mas, sentir tudo isto, ao mesmo tempo, é viajar! Viajar no espaço, no tempo e …em nós!!

Os testemunhos dos alunos confirmam:

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